posted on 2017-08-07, 19:03authored bySeverino Guilherme Caetano Gonçalves dos Santos, Mikael Leal Cabral Menezes de Amorim, Maria Elivania Vieira Almeida, Sérgio da Silva Fidelis, Vinicius de França Carvalho Fonsêca, Edilson Paes Saraiva
O objetivo do presente estudo foi investigar a
prevalência de injúrias cutâneas no jarrete de vacas leiteiras mantidas em oito
fazendas no estado da Paraíba, Brasil. Duzentas e quatro vacas mestiças em lactação
(Holandês x Zebu) foram observadas em 8 fazendas produtoras de leite na
mesorregião do Agreste, no estado da Paraíba, Brasil, de janeiro a abril de
2017. A
faixa de tamanho de rebanho (14 a 40 animais) e a gestão das fazendas eram, em
nossa visão, típicas da região. Quantificou-se a presença de manchas
sem pelos, lesões e inchaços no jarrete dos animais. Com base no tempo de permanência
das vacas na pastagem as fazendas foram arranjadas em dois grupos: A) fazendas que
as vacas tinham acesso à pastagem por até 12 horas (n = 4); B) fazendas que as
vacas tinham acesso à pastagem por mais que 12 horas (n = 4). Foram feitas análises descritivas dos dados. Ademais, uma
análise de correspondência foi realizada para testar a probabilidade na
ocorrência de injúrias (manchas sem pelos, lesões e inchaços) no jarrete das
vacas distribuídas nas oito fazendas. Das 204 vacas em lactação observadas, 111
(54,1%) tinham injúrias cutâneas no jarrete. Um percentual semelhante de vacas com
injúrias no jarrete foi observado em ambos os grupos de fazendas (A = 54,7%; B
= 53,5%). Pela análise de correspondência dos dados, a probabilidade de
ocorrência de lesões foi baixa para todas as fazendas avaliadas. Por outro
lado, houve separação de grupo com fazendas nas quais a probabilidade de
ocorrência de manchas sem pelos no jarrete das vacas era maior; nessas
propriedades, currais de espera possuíam aproximadamente 60% de piso
concretado. A ocorrência de injúrias no jarrete de vacas leiteiras manejadas a
pasto na mesorregião do Agreste paraibano é relativamente alta, podendo ser
atribuída a fatores de manejo como estrutura física das instalações,
especialmente curral de espera e áreas de pastagem.