posted on 2017-08-08, 13:02authored byNathalia Barboza Coi, Anderson Spohr Nedel
<p>O estudo da biometeorologia
humana tornou-se fundamental para entender a relação entre<b> </b>variáveis meteorológicas, como temperatura do ar e umidade
relativa, com a saúde da população. Neste estudo busca-se analisar como
períodos de ondas de calor interferem no bem-estar humano, causando desde um
simples desconforto, enfermidades (como doenças cardiovasculares e
respiratórias) até mortes. A área de estudo abrange três regiões (sul, norte e
leste) do Estado do Rio Grande do Sul, nas quais são analisados os fenômenos de
ondas de calor e seu impacto à saúde humana. Para tal será utilizado o índice
de conforto térmico "Heat Index", recomendado pela NOAA (National
Oceanic Atmospheric Administration) para avaliar os efeitos do calor no ser
humano. Utilizando a metodologia de Araújo (1930), Nascimento et al. (2016)
utilizou dados diários de temperatura máxima e mínima obtidos nas estações
meteorológicas convencionais do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) para
o período compreendido entre 1961 a 2012 para identificar a incidência de ondas
de calor. Os resultados mostraram que Porto Alegre registrou o maior número de
eventos de ondas de calor ocorridas para o período estudado, porém Iraí obteve
a maior duração do fenômeno. De acordo com o índice de conforto térmico
utilizado, Porto Alegre é classificada como a cidade mais desconfortável entre
três regiões estudadas, com 120 dias considerados perigosos de forma a afetar a
saúde da população de diversas maneiras, podendo causar problemas leves até
óbitos.</p>