posted on 2017-08-08, 14:45authored byMoisés Saraiva Ribeiro de Souza, Sabrina Martins Lacerda Cavalcante, Maria Angela de Souza, Aírton Alencar de Araújo, José Valmir Feitosa
O objetivo foiinvestigar
o efeito da composição genética e turno sobre as temperaturas retal e vaginal
de fêmeas bovinas criadas no semiárido nordestino, no período seco, através das análises das temperaturas retais e
vaginais. O
estudo foi realizado em propriedade rural no município de Barbalha – CE, com clima
tropical semiárido. Foram utilizadas 40 fêmeas bovinas em lactação da raça
Girolando (20 fêmeas ¾ Holandês ¼ Gir e 20 fêmeas 7/8 Holandês 1/8 Gir). Foram
obtidos parâmetros climáticos de temperatura e umidade relativa do ar e
parâmetros fisiológicos, temperatura retal e vaginal. As coletas foram no
estábulo, a sombra, após as ordenhas da manhã (2 h) e da tarde (14 h), durante
quatro meses da estação seca. As análises estatísticas foram realizadas pela
ANOVA a 5% de probabilidade usando o “general linear model” (Proc GLM) do
programa estatístico SAS, considerando efeitos genéticos de ambos os grupos de
composição genética em dois turnos. O
delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x2, utilizando-se
o teste F de Fischer para mensurar as diferenças em relação aos parâmetros de
temperatura retal e vaginal a 5% de probabilidade. As temperaturas médias do ar
nos turnos manhã e tarde, no período seco, se mantiveram em torno de 23,8 e
38,2°C, respectivamente. As umidades relativas do ar médias do período seco no
turno da manhã foram de 55,6% e, no turno da tarde, foram de 28,6%. A partir
destas, obtivemos um Índice de temperatura e umidade médio para o turno da
manhã no valor de 71,9 e, para o turno da tarde, de 81,5. Ambos os grupos de
composição genética apresentam suas temperatura retais e vaginais dentro da
normalidade, em ambos os turnos. Os animais dos dois grupos de composição
genética evidenciaram baseados nos parâmetros fisiológicos de temperatura retal
e vaginal, estarem bem adaptados às condições climáticas do clima semiárido ao
qual estão submetidos, em ambos os turnos do período seco. A máxima temperatura
vaginal, da mesma forma que a máxima temperatura retal para a composição
genética 7/8 Holandês 1/8 Gir, no período da tarde, atingiram níveis acima da
normalidade. Isto evidencia correlação moderada com 59,98% pelo coeficiente de
correlação de Pearson, entre temperatura retal e vaginal. Pesquisas semelhantes
devem ser continuadas, utilizando mais parâmetros fisiológicos, métodos menos
invasivos, além de dados produtivos e reprodutivos para melhor embasar os
resultados deste estudo.