posted on 2017-08-08, 15:05authored byMaria Angela de Souza, Marcondes Pinho de Brito Filho, Walison Tavares Lima, José Valmir Feitosa, Antônio Nélson Lima da Costa
Este trabalho avaliou os parâmetros fisiológicos e
suas correlações, de vacas Girolando em lactação, de dois grupos raciais
(3/4Holandês 1/4Gir e 7/8Holandês 1/8Gir), criadas em clima semiárido, visando
identificar ou não situações de estresse térmico. O estudo foi realizado em
propriedade rural no munícipio de Barbalha – CE, em clima tropical semiárido.
No estudo foram utilizadas 40 fêmeas bovinas em lactação da raça Girolando (20
fêmeas ¾ Holandês ¼ Gir e 20 fêmeas 7/8 Holandês 1/8 Gir), durante a estação
seca (setembro a dezembro/2016). Foram obtidos parâmetros climáticos:
temperatura do ar (TA) e umidade relativa do ar (UR); parâmetros fisiológicos:
frequência respiratória (FR), temperatura retal (TR), temperatura superficial
corpórea (TSC) e temperatura vaginal (TV), semanalmente, totalizando oito
coletas mensais. O índice de temperatura e umidade – ITU foi calculado através
da fórmula: ITU = (0.8 x TA + (UR % / 100) x (TA – 14.4) + 46.4). As TSC foram
obtidas através de dois métodos, utilizando-se o termômetro digital
infravermelho e através de câmera termográfica. As análises estatísticas foram
realizadas pela ANOVA, a 5% de probabilidade usando o “general linear model”
(Proc GLM) do programa estatístico SAS, considerando efeitos genéticos dos dois
grupos raciais em dois turnos. O delineamento foi inteiramente casualizado em
esquema fatorial 2x2 e os valores observados em forma de médias e mais ou menos
desvio padrão, mensurando as diferenças em relação aos parâmetros fisiológicos
e superficiais a 5% da probabilidade. Os dois grupos raciais do estudo
mostraram-se bem adaptados às condições do clima semiárido nordestino, mantendo
suas temperaturas corpóreas dentro da normalidade, em detrimento de outros
parâmetros, como as frequências respiratórias e as temperaturas superficiais,
que se elevaram na tentativa de perda de calor. Os parâmetros fisiológicos
apresentam correlações significativas entre si, o que pode auxiliar no
diagnóstico de estresse térmico quando se tem apenas alguns destes disponíveis.
Outros trabalhos devem ser feitos, em diferentes períodos do ano, com
parâmetros de produção e reprodução para melhor embasar os resultados aqui
encontrados.