posted on 2017-08-07, 20:03authored bySamuel Jacinto Lunardi, Rafael Alan Baggio, Aline Zampar, Marcel Manente Boiago, Tiago Goulart Petrolli, Maria Luísa Appendino Nunes Zotti
A debicagem e o uso
de gaiolas são rotineiramente utilizados em granjas comerciais sob o argumento
de que evitam a mortalidade e maximizam a produção. Todavia, há crescente preocupação
com o bem-estar das poedeiras submetidas a estes dois métodos. Assim, objetivou-se
com este estudo avaliar se o manejo do bico e o sistema de criação afetam o
comportamento de galinhas poedeiras. Na fase de produção utilizou-se o delineamento
em esquema fatorial 2x3, com dois sistemas de criação (piso e gaiola), três
manejos de bico (debicagem por radiação infravermelha, lâmina quente e sem
debicar), com quatro repetições. Foi realizada a avaliação comportamental pela
frequência de comportamentos de bicagem de penas e bicagem ambiental e,
comportamentos positivos, como banho de areia e movimentos de conforto. No
último dia foi mensurado o escore de pena das aves através da severidade de lesões
em sete regiões corporais distintas. Para o teste de médias foi utilizado o
teste F (P<0,05) e, se necessário, o teste de Tukey (P<0,05). O
comportamento das aves foi influenciado pelo sistema de criação adotado, em que
para os manejos de bico avaliados, a bicagem de penas foi mais frequente no
sistema de criação em gaiola. No sistema de criação em gaiolas, a debicagem por
lâmina quente apresentou menor ocorrência de bicagem de penas em relação aos
demais manejos de bico avaliados. Já em piso, a menor ocorrência de bicagem de
penas ocorreu no tratamento sem debicar. Em geral, o tratamento debicagem por
lâmina quente resultou em menores frequências de comportamentos de bicagem de
penas, bicagem ambiental, simulação de banho de areia e movimentos de conforto.
O sistema de criação em gaiola proporciona maior agressividade entre as aves e
se não debicadas, determina em maiores danos à plumagem, o que afeta negativamente
o bem-estar animal.