Temperatura corporal superficial de ovinos das raças Dorper e Santa Inês criadas em confinamento no semiárido cearense de LimaLuan Dionizio Geraldo MotaÍtalo Bruno Bezerra FeitosaJosé Valmir CostaMarcus Roberto Góes Ferreira LimaWalison Tavares da CostaAntônio Nelson Lima 2017 <p>Este estudo avaliou a adaptabilidade, através da fisiologia de ovinos das raças Dorper e Santa Inês, às condições climáticas do semiárido nordestino, na região do Cariri cearense, identificando as raças mais aptas às condições de produção regionais. O experimento foi conduzido no Instituto Federal do Ceará, município de Crato, Ceará. Foram utilizados 12 ovinos machos, dois anos e meio de idade, seis da raça Dorper e seis da raça Santa Inês. Durante o período experimental, período seco (Setembro a Dezembro de 2016), foram registrados os dados climáticos com auxílio de termohigrômetro para coleta da temperatura e umidade relativa do ar. A partir destes, o índice de temperatura e umidade – ITU foi calculado. Foram obtidas as temperaturas superficiais através das médias das temperaturas do pelame em quatro pontos distintos do corpo do animal: cabeça, costela, flanco e testículo, com o auxílio de um termômetro infravermelho digital; e a frequência cardíaca (FC) foi determinada com o auxílio de estetoscópio contando-se o número de batimentos cardíacos em 15 segundos e multiplicando-se o resultado por quatro para cálculo da FC/minuto. Os animais foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial e as médias comparadas pelo teste t de Student pelo contraste de médias no cálculo de intervalos de confiança. Houve diferenças significativas (P<0,05) nas raças Dorper e Santa Inês, entre turnos, e entre as raças com as menores médias de temperaturas superficiais corpóreas – TSC no tuno da manhã e, as maiores, à tarde. Houve diferença significativa (P<0,05) apenas entre a raça Dorper e Santa Inês no turno da manhã, a menor média de frequência cardíaca foi observada para a raça Santa Inês, período da manhã. Os ovinos de ambas as raças estudadas apresentaram seus parâmetros fisiológicos (TSC e FC) acima da normalidade, em média, principalmente no turno da tarde, demonstrando a tentativa de perda de calor através da pele, por convecção, mesmo com ITU médio abaixo da zona estressante para a espécie ovina. Estudos complementares, com mais parâmetros fisiológicos, de produção e reprodução, devem ser realizados.</p>